sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Historia maia

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. 
A civilização maia divide muitas características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que caracteriza a região. Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, a mais de 1 000 km da área maia. Muitas influências externas são encontrados na arte e arquitetura Maia,
Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas.Hoje, os maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e pós-conquista.

Extensão geográfica
A civilização maia estendeu-se por todo o atual sul dos estados mexicanos de Chiapas, Tabasco, e Península de Yucatán estados de Quintana Roo , Campeche e Yucatán. A área Maia também se estendeu por todo o norte da América Central, incluindo as atuais nações da Guatemala , Belize , Norte de El Salvador e no oeste de Honduras. A área dos Maias é geralmente dividida em três zonas vagamente definidas: as terras altas do sul Maia, na Depressão Central e as planícies do norte. As terras maias altas do sul incluem todos os terrenos elevados na Guatemala e no planalto de Chiapas. As planícies do sul encontram-se apenas ao norte do planalto, e incorporam os estados mexicanos de Campeche, Quintana Roo, norte da Guatemala, Belize e El Salvador. As planícies do norte cobrem o restante da península de Iucatã, incluindo as colinas Puuc.
 
Organização Política e Social
OS Maias parecem ter tido um governo descentralizado, ou seja um território dividido em estados dependentes, ainda que nos ultimos tempos , houveram caciques que governavam vários centros . Graças fontes de escritas, distantes cargos políticos e sacerdotais , assim como as hierarquias sociais que existiam no final do Pós-clássico: o halach ainic ( homem verdadeiro) era o chefe político supremo, com todas as facilidades e o cargo hereditário- No período clássico o Halach vinic deveria ser também sumo sacerdote, porém depois apareceu a diferença entre a autoridade ável sacerdotal.O chefe supremo era assessorado por um conselho entregado pelos ahcuchcabado.Os chefes das aldeias eram os leotaboob, com funções cívis , religiosas, militares sacerdotais, estes, por sua vez tinham seu conselho.O chefe militar era o "el nacom", unica altoridade eleita, por um príodo de 3 anos.
Quatro funcionários eram os Kruleboob, encarregados das festas e os tupile ou guardiões.A sociedade Maia estava dividida em classes: a nobreza o almehenoob, a qual pertence o sacerdote , governantes, chefes guerreiros e comerciantes o oh chembal unicoob, contituido de artesãose trabalhadores, os escravos o pentacoob parte reduzido da população destinada principalmente o sacrifício, pois a sociedade Maia não se baseava na escravidão .
O grupo sacerdotal era , em realidade, de maior poder, pois além da autoridade religiosa tinha em suas mãos todo o conhecimento ciêntifíco, que eram o fundamento da vida da comunidade.O sumo sacerdote se chamava ahau tan ( senhor serpente ) e controlava os rituais e a ciências, escrevia os códices, tanto religiosos como históricos, administrava os templos e era conselho de halach uinic.Os sacerdotes menores eram el ahkin, com várias funções, como pronunciar discursos baseados nos códices o chilan, taumoturgo e profita: o nacom sacrificar, o ahmén hechiciro e curandeiro.

Arquitetura
A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga civilização.
Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de pedreiras locais; com maior frequência era usada pedra calcária, além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas feitas do calcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento, geralmente usada para revestimentos, tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem esta última técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeira, adobe nas paredes e cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casas comuns feitas de pedra calcária, senão total mas parcialmente. Embora não muito comum,
Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços e estruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. Uma trama inclinada de pedras partia das plataformas em pelo menos um dos lados, contribuindo para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia. Dependendo das tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas plataformas eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias que os adornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da estrutura a que se destinavam. Depois de terminadas, as grandes residências e os templos eram construídos sobre as plataformas. Em tais construções, sempre erguidas sobre tais plataformas, é evidente o privilégio dado ao aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e funcionalidade do interior. Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude do encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de 52 anos. Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas por razões políticas do que pelo encerramento do ciclo do calendário, já que teria havido coincidência com a data da assunção de novos governantes.

Plataformas Cerimoniais
Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de menos de quatro metros de altura onde se realizavam cerimônias públicas e ritos religiosos. Construídas nas grandes plataformas, eram ao menos realçadas com figuras talhadas em pedra e às vezes tzompantli ou uma estaca usada para exibir as cabeças das vítimas geralmente os derrotados nos jogos de bola mesoamericanos

Palácios
Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente ficavam próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da população. Qualquer palácio real grande ou ao menos que tivesse várias câmaras ou erguido em vários níveis, tem sido chamado de acrópole. Tais construções consistiam de várias pequenas câmaras ou pelo menos um pátio interno, parecendo propositadas a servirem de residência a uma pessoa ou pequeno grupo familiar decorada como tal.
Grupos E
Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo a oeste da praça principal que tem sido aceita como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado da pirâmide principal nos solstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelo menos se relaciona com a história da criação do universo segundo a mitologia maia, posto que vários de seus adornos a ela, frequentemente, se referem.
Pirâmides e Templos
Com frequência os templos religiosos mais importantes se encontravam em cima das pirâmides maias, supostamente por ser o lugar mais perto do céu. Embora recentes descobertas apontem para o uso extensivo de pirâmides como tumbas, os templos raramente parecem ter contido sepulturas. A falta de câmaras funerárias indica que o propósito de tais pirâmides não é servir como tumbas e se as encerram isto é incidental. Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o acesso ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros de altura, como em El Mirador, de onde se descortinava o horizonte ao longe, constituíram estruturas impressionantes e espetaculares, ricamente decoradas.

Observatórios Astronômicos
Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados. Templos arredondados, quase sempre relacionados com Kukulcán, são talvez os mais descritos como observatórios pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.

Campos de Jogo de Bola
Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.

A economia dos Maias
A base econômica dos maias era a agricultura, principalmente do milho, praticada com a ajuda da irrigação, utilizando técnicas rudimentares e itinerantes, o que contribuiu para a destruição de florestas tropicas nas regiões onde habitavam, desenvolveram também atividades comerciais cuja classe dos comerciantes gozavam de grandes privilégios.
Como unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre, material que empregavam também para trabalhos ornamentais, ao lado do ouro, da prata, do jade, das conchas do mar e das plumas coloridas. Entretanto, desconheciam as ferramentas metálicas.
É importante observar que por serem os recursos naturais escassos não lhes garantindo o excedente que necessitavam a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como terraços, por exemplo, para vencer a erosão. Os pântanos foram drenados para se obter condições adequadas ao plantio. Ao lado desses progressos técnicos, observamos que o cultivo de milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam fogo para limpá-lo deixando o campo em condições de ser semeado. Com um bastão faziam buracos onde se colocavam as sementes. As Terras Baixas concentraram uma população densa em áreas pouco férteis. Com produção pequena para as necessidades da população, foi necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo.
O comércio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.
No aspecto tecnológico , a industria mais importante lítica; produziram armas , objetos de trabalho e tornos em vários tipos de pedras , como a obsidiana, o pedernal e o jade.Outras industrias foram : a de sal , a textil, la hulera, la cesteiria, la primeira e la alfarreria. A metalurgia aparecem pelo séculos XI ou XII procedenta da América Central, e foi visada quase exclusivamente para produzir adornos.
O comércio foi um dos aspectos importantes da economia Maia: havia rotas terrestres, fluviais e marítimas.Existiam mercados "internacionais" como o de Xicalanço, havia edifícios especiais assim como córtes judicias .Os mercadores , chamados de polom, pertenciam a nobreza e possivelmente estavam organizados em grêmios.O comércio se realizava por meio de troca, ainda que alguns produtos tinham valor de moeda como o cacao o jade e os objetos de cobre.

Urbanismo
Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da geografia da Mesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo; suas cidades foram construídas de uma maneira um pouco descuidada, como ditava a topografia e declive particular. A arquitetura maia tendia a integrar um alto grau de características naturais. Por exemplo, algumas cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte do Iucatã se converteram em municipalidades muito extensas enquanto que outras, construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os declives e montes naturais de sua topografia para elevar suas torres e templos a alturas impressionantes. Ainda assim prevalece algum sentido de ordem, como é requerido por qualquer grande cidade. No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por edifícios governamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos de pirâmides e ocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para fora destes centros rituais estavam as estruturas das pessoas menos nobres, templos menores e santuários individuais. Entretanto, quanto menos sagrada e importante era a estrutura, maior era o grau de privacidade. Uma vez estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suas funções nem outras eram construídas, mas as existentes eram frequentemente reconstruídas ou remodeladas. Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza ditara, se punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios para que fossem construídos de acordo com a interpretação maia das órbitas das estrelas. Afora os centros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos permanentes e mais modestos do povo comum. O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do espaço em grandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas ao ar livre eram os lugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o enfoque no desenho urbano tornava o espaço interior das construções completamente secundário. Somente no período pós-clássico tardio, as grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não possuíam, a maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período.

Arte
A arte maia expressa-se, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais construções - como a torre de Palenque, o observatório astronômico de El Caracol ou os palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e Quiriguá - eram adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar sua pintura nos grandes murais coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas tinham motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os afrescos de Bonampak e Chichén Itzá. Também realizavam representações teatrais em que participavam homens e mulheres com máscaras, representando animais.
Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o nome dado à era.
Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

Religião
Pouco se sabe a respeito das tradições religiosas dos maias: a sua religião ainda não é completamente entendida por estudiosos. Assim como os astecas e os incas, os maias acreditavam na contagem cíclica natural do tempo. Os rituais e cerimônias eram associados a ciclos terrestres e celestiais que eram observados e registrados em calendários separados. Os sacerdotes maias tinham a tarefa de interpretar esses ciclos e fazer um panorama profético sobre o futuro ou passado com base no número de relações de todos os calendários. A purificação incluia jejum, abstenção sexual e confissão. A purificação era normalmente praticada antes de grandes eventos religiosos. Os maias acreditavam na existência de três planos principais no cosmo: a Terra, o céu e o submundo.
Os maias sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses. Esses rituais obedeciam diversas regras. Normalmente, eram sacrificados pequenos animais, como perus e codornas, mas nas ocasiões muito excepcionais (tais como adesão ao trono, falecimento do monarca, enterro de algum membro da família real ou períodos de seca) aconteciam sacrifícios de humanos. Acredita-se que crianças eram muitas vezes oferecidas como vítimas sacrificiais porque os maias acreditavam que essas eram mais puras.

Medicina
Os Maias tiveram uma medicina que foi combinação da Ciência e magia , pois conscideravam que as infermidades teriam tantos casos naturais e como sobrenaturais.O médico era o ahmén, quem diagnosticava a partir de sintomas, fundados na idéia de que as infermidades se devia ao frio , ao calor ou a alguma coisa mágica.
Havia médicos especializados,como herbolárias, hueseros e parteras.Entre as curas havia infusões e pomadas feito com ervas , substâncias animais sangrias hantro de vapor e formulas mágicas. Há vários textos médicos , parte dos chilam, balam e copias de antigas escrituras realizadas mais tardiamente, como o livro do judio e no livro, RITUAL DOS BACABES.

O Poço dos Sacrifícios
Chichen-Itzá possui 3 grandes poços naturais (cenotes) e outros menores. Após examina-los, decidiu se concentrar no da extremidade da cidade, por um motivo: para lá se dirigia uma estrada calçada que vinha desde a praça central da cidade. Sua circunferência é de 60 m e a profundidade de 25m. Durante vários dias só retirou madeiras podres e entulhos. No nono dia apareceu bastões resinosos que ele deixou secarem ao sol e depois incendiou-os: eram incensos de aromas embriagadores. Mais adiante, encontrou facas de pedra, pontas de lanças, tijolos de cerâmica e pedra, jóias, adereços homanos e, por fim, ossos humanos. Os esqueletos eram de mulheres jovens, pois eles costumavam fazer oferendas de virgens. Apenas um esqueleto masculino foi encontrado junto aos das mulheres. Provavelmente era um sacerdote e tivesse sido jogado ou puxado por una das vítimas.
As peças eram feitos com liga de 960 milésimos de ouro puro e alguns objetos oriundos de regiões distantes, o que fez ficar claro que eles tinham contato com as culturas ameríndias. Todas a história chegou aos ouvidos do governo e Thompson foi ameaçado de prisão. Com isso, teve de retornar ao seu país. Uma conspiração se formou para destruir os seus livros. Apenas um se encontra nas livrarias de antiguidades, o chamado People of the Serpent. Porém, os trabalhos que fez sobre a pirâmide-túmulo Chichen-Itzá, o sarcófago e o esqueleto estão desaparecidos. Edward Thompson morreu em 1935, maldito pela ciência e esquecido por todos. 

Os ritos
Só podiam subir aos templos os sacerdotes, que formavam a classe mais culta. Os maias acreditavam descender de um totem e eram politeístas. A influência dos toltecas introduziu certas práticas cerimoniais sangrentas, pouco antes da decadência dos maias. Adoravam a natureza, em particular os animais, as plantas e as pedras. Cuidavam de seus mortos, colocando-os em urnas de cerâmica.

Sacrifícios Humanos
Fundada no ano 452, Chichén-Itzá conheceu dias de glória no século X, quando foram construídos o Castelo, o templo dos guerreiros e a quadra de jogo de pelota. Na aridez da região, seu florescimento só foi possível graças aos cenotes, poços de água com função também religiosa. Em tempos de seca, ofereciam-se sacrifícios ao deus da chuva, Chaac, no Cenote Sagrado. Conquistada pelos guerreros de Mayapán no século XII, Chichén-Itzá estava abandonada quando os espanhóis chegaram. Suas grandes obras mantém o vigor da cultura maia.

A Linguagem e Escrita Maia
São inúmeros os dialetos falados na área correspondente ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer forma, os lingüistas dividem-nos em dois grandes ramos: o huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc).
A língua maia, falada no Yucatãn, sofreu inúmeras transformações com as invasões toltecas e também devido às influência da língua nahuatl falada pelos astecas.
Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos documentos maias foram destruídos chegando até nós apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris.
Os livros maias eram confeccionados em uma única folha que era dobrada como uma sanfona. O papel era feito com uma fibra vegetal coberta por uma fina camada de cal. O conteúdo desses livros são de natureza calendárica e ritual, servindo para adivinhações.
escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo.
As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços se fizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira que atualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seus idiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo após a conquista.
Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedra e isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando os espanhóis chegaram.
Atualmente, restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um quarto, de todas as grandes bibliotecas então existentes. Frequentemente, são encontrados, nas escavações arqueológicas, torrões retangulares de gesso que parecem ser restos do que fora um livro depois da decomposição do material orgânico.

Astronomia Maia
Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus. Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente outros aparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados. Templos arredondados, quase sempre relacionados com Kukulcan, são talvez os mais descritos como observatórios pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha esta exclusivamente finalidade, como também, em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras queindicam que observações astronômicas também foram.

Canchas de Jogos de Bola
Um aspecto interessante do estilo de vida meso-americano é o seu jogo de bola ritual e suas canchas ou estádios, que foram construídos por todo o império maia em grande escala. Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratava-se de espaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas escalonadas paralelas, em forma de "I" maiúsculo direcionado uma plataforma cerimonial ou templo menor. Tais canchas foram encontradas na maioria das cidades maias, exceto nas mais pequenas.

Sociedade
Rigidamente dividida em três classes às quais o indivíduo pertencia desde o nascimento. Primeiro, a família real, incluindo ocupantes dos principais posto do governo e os comerciantes; em seguida, servidores do Estado, como dirigentes das cerimônias e responsáveis pela defesa e cobrança de impostos, na camada mais baixa, os braçais e agricultores.

A Matemática dos Maias
Os Maias foram os inventores do conceito de abstração matemática. Criaram um número equivalente ao zero e nossos calendários são baseados no calendário dos Maias.
Com sua aritmética, os Maias faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Conheciam os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros.
Criaram também um sistema de numeração de base 20 simbolizado por pontos e barras. Os astrônomos Maias determinaram o ano solar de 365 com o ano bissexto a cada 4 anos. Através de dois calendários sobrepostos (o sagrado com 260 dias e o laico com 365 dias) criaram um calendário circular que situava os acontecimentos em ordem cronológica.
Dentre suas construções de pedra destaca-se o templo de Kukulkan (no México) que foi usado como observatório astronômico. As quatro faces do templo estão voltadas para os pontos cardeais e representam as estações do ano. Nos dias 21 de março e 23 de setembro, quando o dia tem exatamente a mesma duração da noite, o sol (que incide às 17h e 30min sobre o templo em forma de pirâmide) projeta uma sombra nos degraus que forma a imagem de Kukulkan, o deus da serpente emplumada.
As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas de até centenas de milhões. Produziram observações astronômicas extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano.

Principais Ruínas Maias

Palenque

Amado por muitos que declaram ser a ruína Maya mais bonita, Palenque assentasse orgulhosamente no Parque Nacional de Palenque no Estado de Chiapas.
Palenque caracteriza-se pelos muitos efeitos decorativos não achados em qualquer outro lugar. Alguns destes motivos parecem quase chineses e dão lugar a especulação imaginativa sobre o contato Maya com a Ásia Oriental. Isto é muito improvável, mas há algo em Palenque que dá lugar a vôos da fantasia, mistério e assombro.
Cortez passou a cerca de 30 milhas da cidade, e nunca soube que esteve lá. O primeiro europeu a visitar este lugar foi um monge espanhol em 1773. Escreveu um livro em que reivindica ter descoberto um posto avançado de Atlântida. O próximo europeu a descrever o lugar, um funcionário real espanhol em 1784, escreveu uma descrição que permaneceu perdida nos Arquivos Reais durante um século. O próximo a vir, Capitão Antonia Del Rio em 1786, escreveu um relatório que esteve também perdido, até que inesperadamente uma cópia foi publicada em 1822.
Enquanto isso, uma expedição mexicana esteve lá em 1807. Eles escreveram um relatório, encaminhado ao governo que esteve perdido durante 30 anos. Então em 1831, o Conde de Waldeck, um excêntrico herdeiro de uma família que tinha vivido dias muito melhores, chegou e montou seu Quartel General em cima de uma pirâmide que ainda hoje é chamada o Templo do Conde. Ele passou dois anos desenhando e escrevendo sobre o lugar. Seu trabalho foi fantástico. O conde viveu até os 109 anos, o que talvez, tenha relação, ou não, com os mistérios de Palenque.
O Templo das Inscrições é talvez a mais interessante pirâmide de Palenque, além de ser a mais alta. Alojou a cripta de Pa Kal, poderoso sacerdote maia, descoberto em 1952. A cripta esteve intacta durante um milênio.
O Templo do Sol data de 642. Tem um dos telhados melhor preservados de qualquer local maia. Os telhados foram ricamente decorados com fachadas falsas que dão uma idéia de grandeza aos edifícios maias.
O Templo do Jaguar é talvez o exemplo mais intrigante de semelhanças com a arte Asiática. O templo exibe um motivo tipo "Cruz Folhada" que é quase idêntico ao achado em Angkor Wat em Camboja, e alguns dos baixos relevos têm motivos bem parecidos com os usados pela arte hindu.

Chichen Itza

Chichen Itza significa "boca do poço de Itza". Chichen é a mais conhecida, melhor restaurada e mais impressionante das ruinas Mayas. Chichen foi construída por volta do ano 550 DC.
Chichen teve dois poços principais, ou cenotes: um sagrado e o outro profano. O profano era usado para satisfazer as necessidades cotidianas. O poço sagrado, com 195 pés de largura e 120 pés de profundidade, era usado em rituais religiosos, e oferendas eram feitas continuamente a ele. Mergulhadores recobraram esqueletos e muitos objetos rituais de suas profundidades.
El Castillo é o "Templo do Tempo", que esclarece o sistema astronômico Maya. Foi construído nos anos 800, pouco antes da invasão Tolteca. Com impressionantes 78 pés de altura, El Castillo era de fato um enorme calendário solar. Se você fizer cálculos, verá que os 91 degraus de cada lado, vezes os 4 lados (cada um representando uma estação), mais 1 degrau para alcançar o topo da plataforma, soma 365, um degrau para cada dia do ano solar. Durante os equinócios, a sombra da pirâmide parece mostrar a uma serpente que escala os degraus em Março, e desce os degraus Setembro.

Tikal


Tikal foi um dos maiores centros populacionais e culturais da civilização maia. Já no Século IV a.C. se iniciava a construção da sua arquitetura monumental mas as estruturas que hoje lá se vêem provêm do período clássico, que ocorreu de 200 d.C. até 850 d.C.. Depois desta data nenhum grande monumento foi construído; coincidindo com esta data depósitos que comprovam ocorrência de incêndio em alguns palácios usados pela elite da cidade. Deste período em diante se inicia o gradual declínio de sua população até o seu abandono total por volta do Século X d.C.
O sítio apresenta centenas de construções antigas significativas, das quais apenas uma fração foi cientificamente escavada em décadas de trabalho de arqueologia. Os edifícios sobreviventes mais proeminentes incluem seis grandes pirâmides de plataformas (ou estágios) que apóiam templos nos seus topos. Elas foram numeradas geograficamente pelos primeiros exploradores, e foram construídas no período mais recente, entre o século VII e o início do século IX .
A área residencial de Tikal cobria cerca de 60 km², embora as escavações ainda não tenham chegado a seus limites reais. Um enorme complexo de terraplenagem foi descoberto adjacente a Tikal, com cerca de 6 metros de largura trincheira atrás de uma plataforma, tendo sido mapeados apenas 9 km de sua extensão, que no total pode chegar a perto de 125 km, seguramente.

Declínio
Quando se deu a conquista dos maias a partir de 1523, existiam Estados distintos: os da Pennínsula de Yucatán e os da atual Guatemala, já em decadência. Na região da atual Guatemala, os povos maias foram logo vencidos por Pedro Alvarado, enviado de cortês. Os maias deYucatán resistiram até 1546, porém, foram submetidos ao trabalho forçado, perderam sua identidade cultural e a população primitiva foi praticamente destruída.
Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades amplas e abertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes visivelmente construídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais em que classes campesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana nas terras baixas centrais.


Fontes:


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